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3 Mulheres Que Fizeram História na Arquitetura Brasileira

Conheça 3 das muitas mulheres que quebraram padrões e transcenderam o conceito da mulher na área de construção e arquitetura.

A arquitetura brasileira é muito admirada pelos estrangeiros e enaltecida nacionalmente. A cada ambiente desenhado e cidade idealizada, há registros de arquitetas que romperam padrões, desafiaram expectativas e imprimiram sua visão no mundo.

No Brasil, as mulheres representam a maior parte dos profissionais de arquitetura, porém o reconhecimento ainda é um desafio. Por esse motivo, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/BR), declarou que em 31 de julho celebramos o Dia Nacional da Mulher Arquiteta e Urbanista, assim podemos enaltecer os nomes femininos que foram essenciais para redefinir a trajetória da profissão e cultura do país.

Hoje, no Dia Internacional da Mulher, também iremos celebrar algumas das arquitetas mais importantes da nossa história. Mulheres que inovaram, questionaram e construíram não apenas edifícios, mas também novos caminhos para futuras gerações.

  1. Lina Bo Bardi

Imagem retirada de um artigo na revista Haus.

Lina Bo Bardi nasceu em 1914 em Roma, veio ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial e se naturalizou brasileira em 1951.

Sempre teve influência de seu pai, Engenheiro, Pintor e Construtor para atuar no meio artístico e no ramo da construção civil.

Veio acompanhada de seu esposo para o Brasil com a esperança de ter maiores oportunidades nos meios artísticos e na arquitetura. Inicialmente morou no Rio de Janeiro, mas encontrou maiores chances de desenvolvimento em São Paulo, onde foi convidada para fundar e dirigir o MASP (Museu de Arte de São Paulo).

Além de outros projetos fundamentais para nosso País, como o SESC Pompéia, a Casa de Vidro e o Teatro Oficina, Lina também foi professora de Teoria da Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São Paulo.

Auxiliou o crescimento cultural de nosso País interferindo com seu conhecimento em arquitetura cênica nas peças teatrais da época.

Faleceu aos 77 anos, deixando um legado para a arquitetura no mundo todo. Lina influenciou na essência moderna e humanista, unindo o novo ao simples. Trouxe pautas sociais para debate, como a sustentabilidade e novos estudos sobre como atribuir o conforto térmico à arquitetura.

2. Carmen Velasco Portinho

Imagem retirada de um artigo no site Casa Vogue.

Nasceu em Janeiro de 1903 em Corumbá/MS, se mudou para o Rio de Janeiro ainda na infância. Foi na Escola Politécnica carioca que Carmen se formou em Engenharia Civil, sendo a terceira mulher brasileira a receber esse título.

Lutava pelos direitos feministas, participando de protestos pelo direito ao voto e contribuindo para promover a igualdade de gênero na sociedade e em sua profissão. Participou da fundação da União Universitária Feminina e da Associação Brasileira de Engenheiras e Arquitetas (ABEA).

Trabalhou no Distrito Federal, na Diretoria de Obras e Viação e participou do primeiro curso de urbanismo do País. Foi a primeira mulher a receber o título de urbanista brasileira.

Seu portfólio inclui a participação na construção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) e do conjunto residencial Pedregulho, no bairro carioca de São Cristóvão.

3. Rosa Grena Kliass

Imagem retirada de um artigo no site Arqpedia.

Rosa Kliass foi arquiteta e paisagista brasileira. Nasceu em outubro de 1932 na cidade de São Roque, interior de São Paulo.

É reconhecida por criar espaços que unem o urbano com a natureza. Prezava muito pela sustentabilidade e a arquitetura verde no Brasil.

Se formou em arquitetura na USP em 1950, Rosa foi a primeira mulher paisagista do Brasil e fundou a Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP).

Sua bagagem conta com projetos que revolucionaram a forma de pensar nos desenhos arquitetônicos, projetou o Parque da Juventude em São Paulo e conseguiu transformar uma parte da selva de concreto em uma verdadeira paisagem verde.

Também participou da revitalização do Vale do Anhangabaú e realizou o projeto de paisagismo na Avenida Paulista.

Rosa recebeu em 2019 o Colar de Ouro pelo IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) sendo reconhecida como a primeira mulher a recebê-lo.


Essas foram algumas das mulheres que revolucionaram a arquitetura, contribuíram para a cultura brasileira e abriram espaço para novas oportunidades dentro da área construtiva.

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